Ansiedade: Normal e Patológica

A ansiedade é uma perturbação psíquica caracterizada por um estado quase constante e permanente de inquietação, preocupação, angústia, intranquilidade, desassossego e medo, que provoca um mal-estar e uma tensão constante. É um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminetes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças.


Enquanto a ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida e incerta; o medo, por sua vez, é a respota a uma ameaça definida e exata. A ansiedade prepara o indivúduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Portanto, refere-se a uma reação natural e necessária para a autopreservação. Não é um estado normal, mais é uma reação normal, e sendo assim, não precisa ser tratada, exceto quando tratar-se de síndromes de ansiedade, pois ai já é uma patologia que requer um tratamento específico.


Para reforçar a explicação anterior, basta lembrar que se considera normal, a ansiedade apresentada por um bebê que se sente ameaçado se for separado de sua mãe, ou do caso de um adolescente quando do seu primeiro encontro com a namorada, ou ainda de qualquer pessoa que enfrente uma doença. Logo vê-se que a ansiedade normal acompanha o indivíduo no seu crescimento, em suas mudanças, experiência de algo novo e nunca tentado, e no encontro da nossa própria identidade e significado da vida.


Por outro lado, a ansiedade patológica, caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionamente à situação de ataque. Ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação. Nesse caso, o ser humano sente-se intranquilo e as situações a sua volta criam-lhe, muitas vezes, um mal-estar que ele não consegue definir nem controlar. Esse estado de espírito altera negativamente a vida da pessoa, levando-a ao afastamento da realidade à sua volta, acabando muitas das vezes por prejudicar sua vida e seus relacionamentos.


É um sentimento de apreensão desagradável, instável, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago ou na espinha, opressão no peito excesso de transpiração, dor de cabeça, falta de ar, alteração das batidas do coração, dores de estômago, má digestão, perturbações intestinais e outras alterações nervosas.


Como sintomas da ansiedade patológica são citadas ainda, dificuldades para dormir, coceira, alergias e inflamação na pele. Geralmente os portadores de ansiedade patológica são "nervosos", apreensivos e tem dificuldade de concentração e reflexão. Sentem necessidade de estarem sempre em atividade para fugir do seu estado emocional, destacando-se também, como agravantes desse quadro as situações estressantes e as perdas.


No tratamento da ansiedade patológica, usa-se a psicoterapia, acrescida de exercícios relaxantes e atividades físicas para reduzirem o estresse e descontraírem a pessoa. Faz-se também um outro tipo de trabalho para que se localizem as causas por detrás da ansiedade e para que dessa forma se consiga trabalhá-las e eliminá-las. Somado a tudo isso, deve-se oferecer bom acolhimento à pessoa ansiosa na intenção de promover algumas mudanças em benefício de sua forma de ver e de sentir o mundo e as outras pessoas. Essas alternativas, em várias ocasiões, por si só não é suficiente, sendo muitas vezes necessário que se faça uma desmemorização das tensões e emoções que foram sendo acumuladas ao longo da vida no corpo e nos tecidos e que agravam todo o estado de ansiedade.




Obs.: A ansiedade normal não deve ser negligenciada.



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