Evocar memórias nostálgicas pode agravar depressão, sugere estudo

A nostalgia revelou-se, em vários estudos recentes, um recurso para levantar o ânimo. Por isso, é natural que se suponha que pessoas deprimidas também possam tirar proveito desse efeito. Porém, estudo da psicóloga Jutta Joorman, da Universidade de Miami em Coral Gables, na Flórida, demonstrou em 2007 que pacientes com depressão grave, diferentemente das pessoas saudáveis, não ficaram mais alegres – e até mesmo se tornaram mais tristes – ao se lembrar de momentos felizes do tempo de escola


Pesquisadores da Universidade Cardiff , no País de Gales, desenvolveram recentemente um sistema para explicar essa descoberta: o modelo de congruência de humor em comparação temporal. Segundo ele, as pessoas depressivas notam pouca identificação entre características pessoais positivas do “eu” de suas lembranças e a percepção de si mesmas no presente. Essa discrepância é acompanhada do sentimento de que o “eu positivo” está em um passado infinitamente longínquo. E concluem: “Em comparação com a pessoa que eu era naquele tempo, hoje sou um fracassado”. Assim, pensamentos nostálgicos poderiam agravar o estado de pessoas com distúrbios depressivos.

Na opinião dos psicólogos Constantine Sedikides e Jochen Gebauer, entretanto, a nostalgia também poderia melhorar o estado de espírito de pessoas que sofrem de depressão. Eles ressaltam que a “saudade de antigamente” se diferencia de memórias felizes em três pontos essenciais:

1. Lembranças nostálgicas são mais multifacetadas e complexas do que as recordações positivas. Além disso, frequentemente incluem uma sequência de superação, o que poderia animar as pessoas. E se uma vez algo já terminou bem, isso pode acontecer de novo;
2. Memórias que despertam saudade são percebidas de forma especialmente nítida, afetiva e rica em detalhes. Revividas com frequência, em comparação com outras memórias, são mais vívidas, fazendo com que o episódio seja sentido como temporalmente muito próximo, o que o torna mais “real”; 3. Como a nostalgia forma uma espécie de ponte entre o passado e o presente, gera sentimento de autocontinuidade. Assim, a maioria dos participantes dos estudos de nostalgia de 2008 concordou com avaliações como: “tenho a sensação de que o ontem e o hoje se misturam”, ou “mantenho várias das minhas antigas características positivas”. Uma identificação tão intensa superaria em nossa percepção a distância temporal entre a lembrança e o momento atual, abrindo perspectivas para tirar a pessoa depressiva da apatia e imobilidade emocional.


Para comprovar as impressões de Sedikides e Gebauer, entretanto, são necessárias mais pesquisas.


Fonte: Psicologado.com

Outubro rosa: um movimento permanente o ano inteiro

A colocação do câncer como um problema de saúde pública pela mídia favoreceu o combate dessa doença que, embora tenha cura quando descoberta no início, ainda aterroriza. Tratando-se do câncer de mama, o mundo inteiro acordou para o problema a partir dos anos noventa. Também pudera, a freqüência abrupta de casos novos dessa patologia a faz ser bastante temida pelas mulheres. Na verdade, embora tenha grande possibilidade de cura, o câncer de mama ainda precisa ser melhor conhecido pela população, e especialmente pelas mulheres. A indiferença ao problema só promove inutilmente ignorância, preconceito e medo.
Quando se conhece bem o tratamento, consegue-se com apoio de familiares e trabalhadores da saúde entender os efeitos psicológicos que afetam a sexualidade e a imagem pessoal da mulher portadora, bem como enfrentar com ponderação as dores biológicas e psicológicas, produzidas pela a amputação da mama cujas implicações mexem com o emocional da mulher e de todos os membros da sua família.
Para amparar as mulheres portadoras desse tipo de câncer, em abril de 2008, criou-se no Brasil, a lei No 11.664, que dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do SUS. Isso é bom, mas não basta.
Apesar de válida a iniciativa do legislativo, o problema requer também solidariedade, conhecimento e sentimento humanos. A lei é ordenamento, cuida da dor social, econômica, previdenciária. Sem ela naturalmente seria muito pior. Porém, o câncer mamário traduz uma dor crônica que machuca e maltrata até a alma. Uma dor que pode trazer muitas complicações e até desorientação familiar.
Sem dúvida, um dos maiores aliados contra a doença é a prevenção, cujo início dar-se exatamente com a conscientização. E foi fundamentado nesse pensamento que a partir dos anos noventa, nos Estados Unidos, idealizou-se o Outubro Rosa, um movimento que se espalhou no mundo inteiro tendo por objetivo alertar a humanidade sobre o câncer de mama, essa doença que vem a cada ano matando mais mulheres.
Esse movimento adotou como simbologia um laço cor rosa, que significa vínculo, união e afetividade. Logo, caso encontre pessoas usando esse laço, já sabe que se trata de alguém que está apoiando a luta contra o câncer de mama. Mire-se no exemplo, estimule-se e também coloque o seu laço. Assim, você estará participando de uma luta solidária e denunciadora de uma questão mundial de saúde pública. Uma luta que deve estender-se durante todos os meses do ano.

Ansiedade: Normal e Patológica

A ansiedade é uma perturbação psíquica caracterizada por um estado quase constante e permanente de inquietação, preocupação, angústia, intranquilidade, desassossego e medo, que provoca um mal-estar e uma tensão constante. É um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminetes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças.


Enquanto a ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida e incerta; o medo, por sua vez, é a respota a uma ameaça definida e exata. A ansiedade prepara o indivúduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Portanto, refere-se a uma reação natural e necessária para a autopreservação. Não é um estado normal, mais é uma reação normal, e sendo assim, não precisa ser tratada, exceto quando tratar-se de síndromes de ansiedade, pois ai já é uma patologia que requer um tratamento específico.


Para reforçar a explicação anterior, basta lembrar que se considera normal, a ansiedade apresentada por um bebê que se sente ameaçado se for separado de sua mãe, ou do caso de um adolescente quando do seu primeiro encontro com a namorada, ou ainda de qualquer pessoa que enfrente uma doença. Logo vê-se que a ansiedade normal acompanha o indivíduo no seu crescimento, em suas mudanças, experiência de algo novo e nunca tentado, e no encontro da nossa própria identidade e significado da vida.


Por outro lado, a ansiedade patológica, caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionamente à situação de ataque. Ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação. Nesse caso, o ser humano sente-se intranquilo e as situações a sua volta criam-lhe, muitas vezes, um mal-estar que ele não consegue definir nem controlar. Esse estado de espírito altera negativamente a vida da pessoa, levando-a ao afastamento da realidade à sua volta, acabando muitas das vezes por prejudicar sua vida e seus relacionamentos.


É um sentimento de apreensão desagradável, instável, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago ou na espinha, opressão no peito excesso de transpiração, dor de cabeça, falta de ar, alteração das batidas do coração, dores de estômago, má digestão, perturbações intestinais e outras alterações nervosas.


Como sintomas da ansiedade patológica são citadas ainda, dificuldades para dormir, coceira, alergias e inflamação na pele. Geralmente os portadores de ansiedade patológica são "nervosos", apreensivos e tem dificuldade de concentração e reflexão. Sentem necessidade de estarem sempre em atividade para fugir do seu estado emocional, destacando-se também, como agravantes desse quadro as situações estressantes e as perdas.


No tratamento da ansiedade patológica, usa-se a psicoterapia, acrescida de exercícios relaxantes e atividades físicas para reduzirem o estresse e descontraírem a pessoa. Faz-se também um outro tipo de trabalho para que se localizem as causas por detrás da ansiedade e para que dessa forma se consiga trabalhá-las e eliminá-las. Somado a tudo isso, deve-se oferecer bom acolhimento à pessoa ansiosa na intenção de promover algumas mudanças em benefício de sua forma de ver e de sentir o mundo e as outras pessoas. Essas alternativas, em várias ocasiões, por si só não é suficiente, sendo muitas vezes necessário que se faça uma desmemorização das tensões e emoções que foram sendo acumuladas ao longo da vida no corpo e nos tecidos e que agravam todo o estado de ansiedade.




Obs.: A ansiedade normal não deve ser negligenciada.



Neuropsicologia Preventiva

É um campo da Neuropsicologia, cuja clientela é composta de pessoas que, por precauções com seu desempenho cognitivo, diante de situações como esquecimentos, ou falta de atenção e de concentração em atividades diárias, buscam o especialista na área. Pode-se dizer que tal atitude é um autocuidado.

Avaliação Neuropsicológica

É uma avaliação dinâmica, que trabalha com instrumentos de pesquisa validados e reconhecidos nacional e internacionalmente. A maioria dos clientes que procura o Neuropsicólogo é encaminhada por Psicólogos, Psiquiatras, Neurologistas, Neurocirurgiões, Psicopedagogos. A razão disso é que a avaliação neuropsicológica analisa pessoas que sofreram algum tipo de transtorno e/ou seqüelas que envolvem o cérebro e a cognição. Dentre esses, os mais comuns são os transtornos da infância – distúrbios de aprendizagem, hiperatividade, déficit de atenção e transtorno desafiador opositor; Demências – doença de Parkinson, Mal de Alzheimer e outros.

Atividades do Neuropsicólogo

O Neuropsicólogo atua em hospitais, juizados, clínicas, consultórios e universidades desenvolvendo atividades como, diagnóstico, reabilitação, orientação à família e trabalho em equipe multidisciplinar; avaliações pré e pós-cirúrgicas; avaliação e perícias; avaliação, reabilitação e pesquisa; e no ensino, pesquisa e extensão acadêmicos.

Sobre a Neuropsicologia

É uma especialidade da Psicologia que estuda os distúrbios cognitivos (relativos ao conhecimento) emocionais e comportamentais, bem como os distúrbios de personalidade, provocados por lesões do cérebro - órgão do pensamento e sede da consciência. O psicólogo especialista nesta área chama-se Neuropsicólogo.

Dimensões da dor

A dor humana têm as seguintes dimensões: física, psíquica, social e espiritual. A psíquica é a dimensão do sofrimento que pode ter várias causas num segmento de alta complexidade na área da saúde mental. São situações críticas desencadeadoras de dor e sofrimento psíquicos: enfrentamento de uma doença crônica, submissão a uma intervenção cirúrgica de alto risco, medo da morte, e outras.

A dor física e a dor da alma

A dor crônica termina por ser causa e efeito da dor psicológica ou dor da alma, isto é, a dor que mais machuca, magoa e atrapalha, provocando mudanças de humor nas pessoas e interferindo no cotidiano e qualidade de vida delas.

Os peritos estimam que 60% a 90% dos pacientes em fase terminal sentem dor de severa a moderada, suficiente para prejudicar as funções físicas, o humor e a interação social. As dores dos cânceres humanos representam 5% das dores crônicas. A dor crônica no Brasil é a principal causa de faltas ao trabalho, licenças médicas, indenização trabalhista e baixa rentabilidade.

O tratamento Psicológico da dor

A dor é "uma experiência sensitiva e emocional desagradável relacionada a um a lesão real ou potencial dos tecidos". É um sinal de alerta que avisa a existência de algo errado no funcionamento do corpo, logo aconselhando cuidados.

No Brasil, a dor física é a maior causa de demanda ambulatorial. Uma dor não tratada pode afetar inversamente o estado emocional e de recuperação em cirurgias e pode levar a uma dor crônica (de longa duração), com custos financeiros, sociais e afetivos. A dor crônica pode ser tratada e amenizada com Psicoterapia especializada.

Hoje, além do Pulso, Pressão Arterial, Respiração e Temperatura, classifica-se a Dor Física como o quinto sinal vital. Decorrente dela, pode ser desenvolvida a dor crônica, bastante presente na vida de muitos brasileiros, sendo um dos motivos para tantas intervenções clínicas e cirúrgicas.